Pensamento avulso 6


Adorei minha primeira experiência no cinema em 3D. É tão real (e fogoso ;)) que dá vontade de pegar! *rs*

Heheheheh


Endereços da Farmácia Popular do Brasil em São Paulo


Nossa, outro dia minha médica recomendou que fosse comprar o remédio receitado por ela nessa farmácia (não confundir com a Farmácia Popular e outras de nome similar!) e tudo ali é *tão* mais barato…!!!! Me sinto na obrigação de divulgar para quem não sabe:
  • São Paulo (Sé)

Av. São João no 35 Loja 11 CEP: 01.011-100

(11) 3104-3955 (11) 3105-8797

  • São Paulo (Vila Maria/Vila Guilherme)

Av. Guilherme Cotching no 1061 Vila Maria CEP: 02.113-013

(11)2636-1626 (11)2631-5102

  • São Paulo (Vila Mariana)

Av. Jabaquara, n. 1820 – Saúde CEP: 04046-300

(11) 55946828 (11) 55947086

  • São Paulo (Campo Limpo)

Rua Batista Crespo, n. 65/71 CEP: 05786-040

(11) 58447308 (11) 58420488

  • São Paulo (Capela do Socorro)

Av. Carlos Oberhuber, n. 394 Vila São José CEP: 04836-130

(11) 59395397 (11) 59274021

  • São Paulo (Santo Amaro)

Av. Barão de Duprat, n. 123 CEP: 04743-060

(11) 55229749 (11) 55234798

  • São Paulo (Penha)

Largo do Rosário, no 121 CEP: 03.634-020

(11) 2097-9758 (11) 29429174

  • São Paulo (Mooca)

Av. Celso Garcia, n. 3815 – Tatuapé CEP: 03.063-000

(11) 2294-1902 (11) 2294-3689

  • São Paulo (Freguesia do Ó)

Rua Javoraú, n. 70 CEP: 02732 – 000

(11) 39354263 (11) 39365671

  • São Paulo (Ipiranga)

Av. do Cursino, n. 1274 – Saúde CEP: 04132-000

(11) 50618926 (11) 50617614

  • São Paulo (Pirituba)

Av. Mutinga, n. 652 CEP: 05154-000

(11) 39045209 (11) 39049608

  • São Paulo (Santana/Tucuruvi)

Rua Força Pública, n. 64 – Santana CEP 02.012-080

(11) 62211780

(11) 62215763

  • São Paulo (Vila Prudente)

Av.Zelina, no 1011 cep.03143-003

(11)2346-5322 (11)6346-4175

NO ABC PAULISTA:

  • Santo André I

Rua Coronel Seabra, 321 – Vila Alzira CEP: 09176-000

(11) 4433-0360 (11) 4972-5313

  • Santo André II

AV.Principe de Gales no 821 Principe de Gales. Cep. 09060-650

(11)4993-5421 (11)4993-5429

  • São Bernardo do Campo I

Rua Alferes Bonilha, 90/104 centro cep.09721-230

(11)2356-1918 (11)2356-1916

  • São Bernardo do Campo II

Rua Piagentini no 138 Bairro Rudge Ramos Cep:09626130

(11) 2374-1200/2374-0200

  • São Bernardo do Campo III

Rua Rio Acima No 622 Bairro Riacho Grande CEP: 09830-100

(11) 4101-6993

  • São Bernardo do Campo IV

Av. Robert Kennedy, No 3438 Bairro Assunção Cep: 09860-215

(11) 4335-5345

  • São Caetano do Sul

Rua Santo Antônio, 50 Centro CEP 09521-160

(11) 4221-7989

(o restante dos endereços localizados no estado de São Paulo – em cidades como Suzano, Taubaté, etc. – podem ser vistos aqui)

Como eu disse, os medicamentos, por serem subsidiados pelo Estado, são muuuuuuuuito mais baratos na Farmácia Popular do Brasil. Entretanto, é bom lembrar: todos – desde os mais simples e corriqueiros (por exemplo, dipirona) – são vendidos apenas mediante apresentação de receita médica. A lista completa de medicamentos disponibilizados (e o preço unitário de cada um) pode ser visualizada aqui.

Já os endereços da rede privada de farmácias que têm convênio com a Farmácia Popular do Brasil no estado de São Paulo podem ser consultados aqui. 

Para dúvidas relacionadas à Rede Própria do Programa Farmácia Popular do Brasil, entre em contato com o email farmaciapopular@saude.gov.br

Para informações sobre o Aqui Tem Farmácia Popular (farmácias privadas e drogarias comerciais), contacte o email analise.fpopular@saude.gov.br

Como fabricar um pergaminho


Pesquisando a respeito da Grécia antiga, encontrei este site. Nele, além de outras coisas, achei algo muito bacana (ok, meio inútil, e ainda por cima trabalhoso :P): uma receita sobre como fazer pergaminhos! Não resisti, preciso publicar aqui…vai que algum dia o site sai do ar!!! Divirtam-se e, caso resolvam fabricar seu próprio pergaminho, me contem como foi, se deu certo, como é a sensação de nele escrever e tudo o mais!!!
 
Atualmente se encontra pouca coisa referente a como fabricar o pergaminho.  O processo utilizado ainda é o mesmo utilizado pelos antigos gregos em algumas regiões do mundo, mas com um maquinário um pouco mais avançado. 
 
Aqui explicaremos uma maneira caseira de como fabricar o legítimo pergaminho grego. O pergaminho pode ser utilizado para fazer diplomas escolares, cartas, livros, da mesma maneira que utilizados o papel vegetal nos dias atuais.

 Antigamente utilizava-se pele de cabra, carneiro, cordeiro ou ovelha. Mas também poderia ser feito de pele de bovinos, o mesmo que utilizaremos aqui para mostrar aos leitores o processo de fabricação. 

O que vamos precisar:

Pele de um dos animais acima citados (utilizamos pele de boi), cal (encontrado em materiais de construção), um tanque ou uma vasilha grande, faca, suporte de madeira e fios para esticar a pele.

Procedimentos:

1 – Deixe a pele do animal de molho com Água e Cal. 

 

2 –  Mexa a pele que está de molho (na água com cal) 3 vezes ao dia. Repita esse processo por 15 dias. 
3 – Após os 15 dias, retire a pele do recipiente. 
4 – Limpe toda a pele do animal.
Os pelos irão se soltar facilmente. 
 
5 – O outro lado da pele apresentará alguns nervos do animal. Com a faca ou com uma gilete, raspe a superfície, aproveitando para medir a grossura do futuro pergaminho. 
6 – Corte a pele do tamanho que você achar necessário para a utilização. 
7 – Coloque a pele no suporte de madeira. Estique o máximo possível (utilize o fio ou algum tipo de arame para fazer esse processo). 

 

8 – Deixe a pele secar por aproximadamente 7 (sete) dias. 
9 – Retire-a do suporte e seu pergaminho estará pronto para ser utilizado.

 

Nota:

O processo de fabricação e as fotos que estão nessa explicação foram fornecidos por um grande e querido amigo; pós-graduando em história e estudioso sobre as civilizações antigas.

Mundo, mundo, vasto mundo…


Autor: Jacob d’Angelo baseado em Claudius PtolemaeusTítulo original:

Cosmographia Claudii Ptolomaei Alexandrini

Ano de publicação:

1467

Local de publicação:

Monastério Reichenbach

Língua: Latim

Artista:

Nicolaus Germanus

Título:

English: Map of the world.
Polski: Mapa świata.
Português: Mapa do mundo

Atualmente pertence à Biblioteca Nacional da Polônia, localizada em Varsóvia

História do objeto:

1573: transferred to Chancellor Jan Zamoyski (purchased in Paris)
1818: transferred to Library of the Zamoyski Estate
1946: transferred to National Library in Warsaw

Abraham Ortelius (1527–1598)In 1570 (May 20) Gilles Coppens de Diest at Antwerp published 53 maps created by Abraham Ortelius under the titleTheatrum Orbis Terrarum, considered the “first modern atlas”. Three Latin editions of this (besides a Dutch, a French and a German edition) appeared before the end of 1572; the atlas continued to be in demand till about 1612. This is the world map from this atlas.

Atualmente…(mas só por enquanto, pois certamente há de mudar):

Lembrete:


Por favor, divulguem nosso evento! O site está em construção, mas  algumas informações já estão on-line. As inscrições para  apresentação de trabalhos serão entre 1 a 30 de março de 2012. Em breve encaminharemos a programação completa.

www.assis.unesp.br/narrativapolicial

    Grata,
    Maira Angélica Pandolfi

IV Simpósio Gêneros híbridos da Modernidade: a Narrativa Policial

APRESENTAÇÃO

IV Simpósio Gêneros Híbridos da Modernidade: a narrativa policial será realizado entre os dias 08 e 10 de maio do corrente ano, na Faculdade de Ciências e Letras, câmpus de Assis. O evento, em sua quarta edição, é organizado pelo Grupo de Pesquisa “Narrativas Estrangeiras Modernas: Gêneros Híbridos da Modernidade”, vinculado ao Departamento de Letras Modernas, registrado junto ao CNPq, cujo líder e vice-líder são, respectivamente, Profa. Dra. Maria Lídia LichtscheildMaretti (UNESP-Assis) e Prof. Dr. Antônio Roberto Esteves (UNESP-Assis). Desde sua criação em 2002, o Grupo, que reúne pesquisadores de várias universidades brasileiras, tem promovido diversas atividades, organizando encontros próprios ou participando da organização de Simpósios em eventos de maior porte. Da mesma forma, tem publicado os resultados de suas pesquisas em diversos meios, seja em livros organizados pelo Grupo, seja em revistas especializadas.

Dentro de seu objetivo geral de estudar a questão dos gêneros na narrativa literária e suas interfaces, visando um redimensionamento da categoria após a incorporação de gêneros mistos, ocorrida na literatura do século XX, o Grupo desenvolve projetos bianuais que se dedicam às várias modalidades de narrativas híbridas. Desse modo, após estudar as interfaces entre literatura e história; as narrativas do eu; as narrativas de viagem e a literatura no cinema, o projeto cujos resultados serão apresentados no IV Simpósio é a narrativa policial.

Estudar as narrativas policiais mais recentes pode significar, além do reconhecimento do espólio devido a Poe, Doyle e Christie, a admissão de que, se pensarmos no Eco de O nome da rosa (de 1980) e/ou no Fonseca de A grande arte(de 1983), dentre muitos outros, o gênero “serve” a um esquema lógico bem contemporâneo: o de “desabsolutizar” a verdade e as estratégias (tradicionais ou não) para se chegar a ela. Tais romances, aparentemente tão distintos, parecem apostar numa lógica específica: o movimento investigatório característico das narrativas policiais pode levar a outras verdades, para além daquela do crime, e isto depende do(s) ponto(s) de vista adotado(s) ficcionalmente, sejam eles de ordem filosófica, histórica, social, econômica, cultural e literária. Basta apenas que queiramos, enquanto leitores curiosos, procurar saber até aonde vão as possibilidades, em cada caso.

Qualquer que seja o ponto de vista adotado para observar e/ou estudar o fenômeno não se pode deixar de lado uma constatação muito simples: a proliferação desse tipo de narrativa nos mais variados suportes devido o gosto do ser humano seja pelo mistério e seja pela tentativa de desvendar situações misteriosas. Em outras palavras, as narrativas policiais fazem parte de nossa realidade e de nosso cotidiano. Estudá-las, pois, é uma das funções – tarefa em muitos aspectos também prazerosa – da Academia. Tal compromisso, desafio ao mesmo tempo, motivou a escolha desse tema como núcleo do Simpósio proposto.

  • Lista de Simpósios

1- A Narrativa Policial Contemporânea

Ana Maria Carlos (UNESP-Assis): anamcarlos@uol.com.br

Wellington Ricardo Fioruci (UTFPR-Pato Branco): tonfiorucci@hotmail.com

Resumo: A narrativa contemporânea, em sua ânsia de representar o caos e a multiplicidade característicos de seu tempo, vem derrubando as fronteiras entre os gêneros literários, renovando-os, dando continuidade ao questionamento da arbitrariedade das classificações tradicionais iniciado já no século XIX. A narrativa policial foi um desses gêneros revisitados e transformados pela narrativa contemporânea. Uma das primeiras consequências dessa revisitação foi a dissolução dos limites entre alta e baixa cultura através da discussão, que nessas narrativas agora se propõe, das relações entre linguagem e verdade. A nova narrativa policial pode, para tais discussões, ligar-se a outros saberes e/ou outros gêneros literários, pode aparentar-se da filosofia, da história, da sociologia, da ciência, do jornalismo, da crítica literária. Tal tipo de narrativa exige, assim, um leitor ativo e empenhado par em par com o autor na proposição das hipóteses e não mais, como nos romances de detetives tradicionais, na resolução definitiva de algum enigma: não há mais verdade a ser buscada, só hipóteses cada vez mais provisórias a serem infinitamente perseguidas. As pistas disseminadas podem mesmo levar a outro livro, que por sua vez leva a novo problema, obrigando o leitor a percursos sempre labirínticos de leitura. Outras vezes são escritores de romances policiais – ou os personagens e as obras por eles criados – que renascem nas novas narrativas através da intertextualidade para fomentar todo tipo de discussão, de crítica ao próprio gênero a debates filosóficos sobre a essência da verdade.Fragmentação, hibridismo genérico, estrutura labiríntica, interatividade com o leitor, hipertextualidade, intertextualidade: essas são algumas das características da nova narrativa policial que este simpósio pretende discutir.

2- Narrativa policial e relato histórico: interfaces

Antônio Roberto Esteves (UNESP-Assis): aesteves26@uol.com.br

Resumo: Grosso modo, pode-se dizer que tanto a narrativa policial quanto o romance histórico são consequências da proliferação de narrativas advinda da popularização dos folhetins durante a primeira metade do século XIX. Nesse contexto, os últimos dois séculos viram se desenvolver e se popularizar uma série de narrativas híbridas, em vários formatos e através de diversos meios, que colocam suas ações em tempos passados ou que tentam resolver crimes ou outros enigmas. O cruzamento dessas duas modalidades, presente desde o início dos gêneros, tem sido constante seja com o simples objetivo de divertir o leitor, seja na tentativa de, ao enredá-lo nos meandros do labirinto narrativo e seus mistérios, mostrar que pelo exercício da leitura ele pode aprender algo sobre o mundo que o rodeia e pode escapar de suas armadilhas (as do texto e as do mundo, por que não?). Um exemplo paradigmático desse tipo de narrativa é o romance O nome da rosa (1980), de Umberto Eco, onde se misturam as duas modalidades, fazendo a obra circular tanto pelas esferas da chamada alta cultura, por sua elaborada tessitura metatextual, quanto pelo gosto popular, que ali encontra divertimento. Nesse âmbito, o presente simpósio pretende discutir narrativas onde essas modalidades, bastante populares, e ao mesmo tempo, bastante metaficcionais, se entrecruzam.

3- Os pastiches de Sherlock Holmes no século XX

Brigitte Monique Hervot (UNESP-Assis): bhervot@hotmail.com

Resumo: Quando o romance policial é ambientado no passado, é chamado pelos críticos de romance policial histórico. Esse subgênero, ou gênero híbrido, ganhou suas cartas de nobreza junto ao grande público nas últimas décadas do século XX, após o sucesso estrondoso de O Nome da rosa, de Umberto Eco, em 1980, e representa atualmente um dos tipos mais importantes e populares da literatura policial. Como todo bom romance policial, segue a fórmula crime, investigação e solução. E, como romance histórico, transpõe o enigma criminal ou a ação do thrillerem um passado e um espaço relativamente longínquos, criando uma intriga onde se cotejam personagens reais e fictícias, acontecimentos históricos e imaginários. As investigações ocorrem e atuam em diversas épocas e em todos os continentes. No centro desses romances, escritos a partir de um importante trabalho de documentação, encontra-se sempre a figura do detetive. Pretende-se, nesse simpósio, discutir os romances policiais históricos em que o famoso detetive Sherlock Holmes surge como personagem principal, não mais o das aventuras de Sir Arthur Conan Doyle, seu criador original, mas o de outros escritores. As primeiras obras inspiradas nos romances de Doyle são contemporâneas ao próprio autor. Assim, em 1908, Maurice Leblanc publica o romance Arsène Lupin contre Sherlock Holmes, e Hector Fleischmann, Le rival de Sherlock Holmes. O filão dos pastiches está aberto e, até hoje, o locatário do 221b Baker Street aparece ao lado de várias personalidades tão famosas quanto ele, como por exemplo Einstein, Freud, Lenine, Karl Marx, Oscar Wilde, Jack o estripador, entre outros. Holmes continua a ressuscitar por toda parte, inclusive no Brasil, como no romance de José Jacinto Veiga, O Relógio Belisário, e no do humorista Jô Soares, O Xangô de Baker Street, ambos de 1995. Desse modo, o simpósio está aberto aos trabalhos que, valendo-se de um referencial teórico marcado pelos conceitos de intertextualidade, paródia, pastiche, apropriações e, em particular, de metaficção historiográfica, se propõem a refletir sobre o romance policial histórico e a ficção sherlockiana depois de Doyle, inserindo as discussões na holmésologie, ou ainda na sherlockiana, uma disciplina científica que nasceu de uma brincadeira no início do século XX e que estuda a vida e a obra de Sherlock Holmes.

4- Questões de gênero na narrativa policial

Cleide AntoniaRapucci (UNESP-Assis): rapucci@assis.unesp.br

Márcio A. Souza Maciel (UEMS-Campo Grande): marciomaciel@hotmail.com

Resumo: O simpósio tem como objetivo, em primeiro lugar, pôr em discussão as temáticas pertinentes à atualização da narrativa policial vista sob o prisma das modalidades de gênero, hoje, sempre atuais, para além do patriarcalismo ficcional e crítico que a inaugura na literatura ocidental do século XIX. Em um segundo momento, por fim, é nosso interesse, igualmente, o desfile e a apreciação de ficções policiais (nacionais e estrangeiras), alheias ao cânone detetivesco (masculino e heteronormativo), escritas sob a égide dos estudos de gênero.

5- O romance policial na trilha do folhetim

Francisco Cláudio Alves Marques (UNESP-Assis): fmarques@assis.unesp.br

Resumo: Trata-se, em linhas gerais, de procurar entender o significado objetivo para osurgimento e ascensão do romance policial em meados do século XIX. Para tanto, propomos uma busca situada, cronotópica e historicamente, num determinado ponto do desenvolvimento do capitalismo, do surgimento da classe operária, da criminalidade, da primitiva revolta social contra a sociedade burguesa e dos anseios por justiça, o que nos levará a entender o que de essencialmente utópico permeia o gênero em tela. Emseu Delícias do crime, Ernest Mandel assinala que o espaço crescente dos romances policiais na literatura popular corresponde a uma necessidade objetiva da classe burguesa de reconciliar a consciência do “destino biológico” da humanidade, da violência das paixões, da inevitabilidade do crime com a defesa e a justificação da ordem vigente. Essencialmente urbano, o romance policial, “literatura irrefletida ou sem reflexão”, parece refletir anseios latentes de retaliação, de sobrepujar a sensação de tédio, monotonia e enfado cotidianos, algo gerenciado pelas exaustivas horas de trabalho e pelas relações hierárquicas e hierarquizantes que se processam no âmbito do nascente capitalismo. Para cumprir tal função desopilante, o romance policial devia exercer certo fascínio sobre o público-leitor. Para isso, repetiria muitas das técnicas empregadas pelos fundadores do gênero rocambolesco.

6- Literatura policial e outras mídias: as adaptações da literatura para o audiovisual

Gabriela Kvacek Betella (UNESP-Assis): literatura_audiovisual@hotmail.com

Resumo: Produções audiovisuais provocam uma imagem mental imediata devido ao impacto de realidade maior que o das outras artes que, contudo, podem deixar suas marcas na filmagem, especialmente quando se trata de uma adaptação. A presença da literatura no cinema é um exemplo capital, pois a sétima arte praticamente nasce dependente da narrativa, mesmo antes de adaptar obras literárias. A literatura policial conta com enredos frutíferos para o audiovisual, tanto nos primórdios do cinema quanto nas contemporâneas realizações, inclusive em séries adaptadas ou inspiradas em romances, novelas, contos e no teatro. Este simpósio trata dessas adaptações com o intuito de revelar procedimentos específicos de cada gênero (literário e audiovisual), com o apoio das mais variadas correntes teóricas, incluindo as que contemplam as questões de verossimilhança e os diálogos com a história. A ideia é discutir a pertinência do resultado final (uma espécie de releitura da trama primeira) como herdeiro do gênero policial, disposto a promover o conhecimento do ser humano no mundo e a renovar instrumentos estéticos e ideológicos convocados pelos autores, roteiristas e diretores para uma representação em que é possível discutir formas lineares de narrativa literária e audiovisual em contraponto às inversões e elipses de ambos os gêneros.

7- Edgar Allan Poe e a Narrativa policial: origens e intertextualidades

Luciana Moura Colucci de Camargo (UFTM-Uberaba): profalucianacolucci@gmail.com

Norma Domingos (UNESP-Assis): domingos.norma@uol.com.br

Resumo: No final do século XIX, um novo gênero literário se constitui: o policial. Mas desde seu aparecimento, em função de sua má reputação, esse gênero se vê excluído do campo da “verdadeira” literatura por estar associado à massa. Edgar Allan Poe fará, entretanto, desse tipo de narrativa uma das mais apreciadas e cuja repercussão chega até o cenário contemporâneo. Poe, em 1841, ao publicar Os Assassinatos da Rua Morgue, considerada a primeira narrativa policial moderna cujo narrador anuncia o caro Doutor Watson e o Cavaleiro Auguste Dupin, antecipa o famoso Sherlock Holmes de Conan Doyle. Essa primeira novela será seguida de dois outros textos célebres do autor americano: O Mistério de Marie Roget, em 1842, e A Carta Roubada, dois anos depois, obras que no conjunto figuram como as primeiras consideradas policiais. Poe é, ainda, ao lado de Jules Verne, considerado o precursor da literatura de ficção científica, e do fantástico moderno. Assim, este simpósio tem a intenção de trazer discussões em torno da obra desse escritor e da narrativa policial. Seu objetivo é o de recuperar as origens desse novo gênero moderno a partir de análises da obra poeana, bem como o de destacar influências posteriores. O intuito é, ainda, o de aprofundar os estudos sobre intertextualidades de Poe que vão desde Conan Doyle até os romances policiais contemporâneos porque a obra de Poe “atingindo dimensões extratemporais, as dimensões da natureza profunda do homem sem disfarces, é tão profundamente temporal a ponto de viver num contínuo presente, tanto nas vitrinas das livrarias como nas imagens dos pesadelos, na maldade humana e também na busca de certos ideais e de certos sonhos.”, como bem observa Cortázar.

8- Cartografias urbanas: as representações literárias da cidade no romance policial

Maira Angélica Pandolfi (UNESP-Assis): mairapan@gmail.com

Resumo: Este simpósio pretende discutir as relações entre a literatura policial e sua íntima relação com a urbe. O advento das grandes cidades após a Revolução Industrial e, com elas, a massa urbana, são circunstâncias que possibilitaram o surgimento da narrativa policial. A cidade industrial que começou a surgir na Europa no final do século XVIII e se intensificou no decorrer do XIX constituiu, também, uma nova mentalidade urbana, pois sua disposição irregular substituiu a organização centralizada das cidades tradicionais possibilitando, ainda mais, o desaparecimento do indivíduo em meio à multidão e sua intensa mobilidade. É essa cidade que se apresenta como espaço urbano propício à intertextualidade com o gênero policial, visto que oferece à escrita ficcional a possibilidade de se posicionar diante de seu aspecto multifacetado para revelar-lhe os mistérios e dar-lhe sentido. Dessa forma, se a cidade moderna se constituiu num ambiente propício ao surgimento do gênero policial também é fato que este, por sua vez, ajudou a defini-la. É nessa relação entre literatura policial e experiência urbana que se configuram diferentes perfis de cidade e seus habitantes. Nesta perspectiva, ressaltamos a importância de refletir sobre as diversas representações da paisagem urbana na narrativa policial como cenário privilegiado das ações detetivescas em meio à multidão que possibilita o anonimato do criminoso. Essas representações, contudo, não se referem apenas à fisionomia e traços culturais das cidades, mas também à sua cartografia simbólica, onde emergem a história, a memória e uma multiplicidade de vozes e signos que compõem uma teia complexa de indagações; uma infinidade de percursos capazes de exprimir os diferentes modos de ver, de ler e de reler as cidades modernas e seus conflitos.

9- Na Pista de Georges Simenon

Maria Lídia Lichtscheild Maretti (UNESP-Assis): juliecamus@yahoo.com.br

Carla Cavalcanti e Silva: (UNESP-Assis): juliecamus@yahoo.com.br

Resumo: Commissaire Jules Maigret é uma personagem de ficção que aparece como protagonista em uma série de 75 romances e 28 novelas policiais escritas por Georges Simenon (Liège/Bélgica em 13/02/1903 – Lausanne/Suíça em 04/09/1989) entre os anos 1929 e 1972. Tais narrativas também são objeto de adaptação para o cinema e a televisão, o que também pode suscitar reflexões entre os integrantes deste simpósio. Chefe da brigada criminal da polícia judiciária parisiense, Maigret é um homem imponente, com ombros largos e o olhar rude, às vezes inquietante, que emprega o seu tempo na solução de crimes. Amante de uma iguaria culinária francesa e fumante inveterado de cachimbo, ele gosta de sentir a atmosfera e de se deixar impregnar pelos acontecimentos antes de começar a executar uma investigação. Sua “técnica” é vista como baseada na compreensão tanto da personalidade dos diferentes envolvidos em um caso quanto de suas interações, deixando-se guiar por seu instinto, palavra-chave que o explica enquanto investigador, que põe em causa as surpreendentes deduções lógico-científicas à la Sherlock Holmes, Hercule Poirot e EugèneDupin e que ainda nos faz pensar na teoria filosófica bergsoniana. Se a narrativa policial clássica (Poe, Doyle, Christie) se detém no método racional para o desvendamento de crimes, Simenon aposta, pois, na intuição para fazê-lo, e com a mesma eficácia persuasiva. Neste sentido, pode-se afirmar que a narrativa policial “serve” ao escritor para nos fazer pensar nas formas de construção do discurso que se quer representativo de pretensas “verdades” e, ao mesmo tempo, em outras perspectivas, além daquelas já consagradas, para encarar os métodos de desvendamento da “verdade” no mundo em que vivemos.

10- O romance gótico e a narrativa policial

Sérgio Augusto Zanoto (UNESP-Assis): sazanoto@uol.com.br

Resumo: Gênero atribuído a Horace Wallpole, cujo Castelo de Otranto (1765) estabeleceu a história de horror. A influência gótica nas histórias de mistério e de detetives posteriores é evidenciada pelos cenários escuros, pelas motivações estranhas e difíceis de se compreender e nas preocupações com soluções brilhantes e inesperadas.

Inscrições

Os interessados em apresentar comunicação nos Simpósios deverão encaminhar e-mail aos respectivos coordenadores anexando o formulário de proposta de trabalho, até 30 de março de 2012. Lembramos que cada Simpósio poderá contar com no máximo 16 participantes.

Caso receba a mensagem de aceite, o interessado deverá enviar o comprovante de pagamento por e-mail para secretaria.narrativa.policial@gmail.com de 09 a 30 de abril de 2012.

Alunos de graduação com projetos de Iniciação Científica no âmbito da temática do evento poderão apresentar comunicações com anuência dos orientadores

Os ouvintes deverão enviar a ficha de inscrição preenchida e o comprovante de pagamento para o e-mail secretaria.narrativa.policial@gmail.com de 1º de março a 08 de maio de 2012.

RESUMO DAS DATAS DE INSCRIÇÃO

  • Envio dos resumos aos coordenadores dos Simpósios: de 1º a 30 de março.
  • Envio da mensagem de aceite pelos coordenadores: 09 de abril de 2012.
  • Inscrição dos participantes aceitos: de 09 a 30 de abril de 2012
  • Inscrição de ouvintes: de 1º de março a 08 de maio de 2012.
    Taxas de Inscrições

    Lupa.jpgPagamento de 1º de março a 13 de abril

    COM APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS

    GRADUAÇÃO                                      R$ 20,00

    PÓS-GRADUAÇÃO                               R$ 40,00

    OUTROS                                             R$ 60,00

    OUVINTES

    ALUNOS DE GRADUAÇÃO                R$ 10,00

    ALUNOS DE PÓS-GRADUAÇÃO         R$ 20,00

    OUTROS                                         R$ 30,00

    Pagamento de 14 de abril a 08 de maio

    OUVINTES

    ALUNOS DE GRADUAÇÃO                  R$ 15,00

    ALUNOS DE PÓS-GRADUAÇÃO           R$ 25,00

    OUTROS                                          R$ 35,00

    Normas de Publicação

    RESUMO para proposta de comunicações nos simpósios

    Deve apresentar a seguinte disposição:

    Margens: superior 3 cm e as demais de 2 cm;

    – Fonte tamanho 12 e letra Times New Roman, espaçamento simples.

    -Título centralizado, obedecendo maiúsculas e minúsculas conforme necessário, sem negrito.(1 espaço em branco);

    – SOBRENOME, Nome. Instituição – SIGLA (Universidade a que esta filiado) do proponente da comunicação (deixar uma linha em branco)

     RESUMO: (escrito em maiúsculas e negrito). Texto de no mínimo 200 e no máximo 300 palavras que explicita a proposta delimitada de discussão vinculada ao tema geral proposto, digitado em espaço simples, Times New Roman, tamanho 12, sem adentramentos ou parágrafos.

    – PALAVRAS-CHAVE: (escrito em maiúsculas e negrito). 3 a 5 palavras-chaves, digitadas em espaço simples, Times New Roman, tamanho 12, que direcionem para a área específica da comunicação.

    TEXTO COMPLETO para publicação

    QUESTÕES RELATIVAS À FORMATAÇÃO DO TEXTO

    Papel: A4

    Margens: Esquerda 3cm; as demais todas 2 cm

    Fonte: Times New Roman – tamanho 12

    Adentramento de parágrafo: 1,5 cm (marcados na régua e não no TAB)

    Espaçamento: 1/5 (um e meio)

    Número de páginas: Não inserir número de páginas. O texto deverá ter entre 08 a 12 páginas.

    Notas de rodapé: Sugerimos não utilizar notas de rodapé.

    QUESTÕES DE ORDEM TEXTUAL

    Título: Digitado na primeira linha do texto, centralizado, obedecendo maiúsculas e minúsculas conforme necessário, sem negrito. (2 linhas em branco para seguir)

    Nome do autor: Alinhado à direita, mencionando SOBRENOME, Nome. (Instituição –SIGLA – Universidade a que esta filiado(a) – entre parêntesis). (Deixar uma linha em branco para seguir)

    RESUMO: Texto em espaço simples, sem parágrafos, Times New Roman, tamanho 12, contendo no mínimo 200 e máximo 250 palavras. (Seguir sem linha em branco)

    PALAVRAS-CHAVE: Mínimo 3 e máximo 5 palavras digitadas em espaço simples, Times New Roman, tamanho 12, que especificam o tema de discussão – separadas por ponto e vírgula. (Deixar uma linha em branco para seguir).

    ABSTRACT (ou RESUMEN): (tradução do resumo dentro da mesma normatização do texto em português. (Não deixar linha em branco para seguir)

    KEYWORDS (ou PALABRAS-CLAVE): – tradução das palavras-chave.

    (Deixar um espaço (1,5) para iniciar o corpo do texto).

    CORPO DO TEXTO:

    Texto digitado em espaço um e meio (1/5), fonte Times New Roman, tamanho 12, com adentramento de parágrafo de 1,5cm, marcados na régua. Utilizar itálico somente para destacar palavras em outro idioma e nome de obras.

    SUBTÍTULOS: Caso o texto apresente subtítulos estes devem vir alinhados à esquerda, separados por um espaço (1,5) do texto anterior e posterior, sem adentramento, em CAIXA ALTA.

    CITAÇÕES NO TEXTO:

    Ao mencionar-se o nome de uma obra esta deve sempre estar em itálico e acompanhada do ano da publicação da edição, ou tradução, usada pelo pesquisador.

    A supressão de partes das citações deve ser feita por […] e não (…), nem apenas por reticências. Veja: Segundo Elaine Showalter (1994, p. 39), “a tarefa apropriada para a crítica feminista, […], é concentrar-se no acesso das mulheres à língua, no campo lexical disponível a partir do qual as palavras podem ser selecionadas […]”.

    Ao citar trechos específicos, observe as seguintes recomendações:

    A – Citações com mais de três linhas devem ser feitas com adentramento de 4cm, letra tamanho 11, (NÃO USAR ASPAS (“…”), destacadas do corpo do texto com um espaço anterior e posterior (1,5).

    B- Citações com menos de três linhas: Incorporar ao texto e marcar com aspas (“….”), mencionando-se o autor (em MAIÚSCULAS) após a citação, com ano da obra e página:

    Ex: Se nos reportarmos para o discurso feminista anglo-americano “o termo gênero vem sendo usado para designar o significado social, cultural e psicológico imposto sobre a identidade sexual biológica”. (FUNK, 1999, p. 20).

    C- Quando esta citação não for literal, mas por analogia, paráfrase ou remissão, sugere-se antepor a menção ao autor (em letras minúsculas), seguido do ano da publicação da obra a que se está remetendo e, caso a menção volte-se para um aspecto específico da obra referida, mencionar também a página, ou páginas, na qual se aborda o tema enfocado.

    EX: De acordo com Funk (1999, p. 20) gênero é um termo que vem sendo empregado […].

    D- Quando a menção corresponde a uma teoria desenvolvida ao longo de várias obras de um autor mencionado deve-se, ao menos, apontar o ano da publicação das obras mais importantes do autor que expõem tal teoria.

    EX: A complexidade de um romance, segundo opina Bakhtin (1995-1998), está estritamente correlacionada com o uso que nele se faz da potencialidade dos signos.

    (1995- Refere-se à obra: Questões de Literatura e Estética e 1998 – à obra Marxismo e filosofia da linguagem; textos nos quais o autor expõe suas teorias voltadas para o discurso e a potencialidade representativa dos signos lingüísticos).

    OBS.: Entre as diversas opções que se oferece ao autor, pedimos a gentileza – a fim de uniformizar a apresentação dos textos – que os senhores façam suas referências da seguinte forma: Bahktin (1995, p. 23); ou Bahktin (1995) – na interpretação de Leite (1998, p. 37); ou Bahktin (apud LEITE, 1998, p. 37); (BAHKTIN, 1995 apud LEITE, 1998, p. 38).

    QUESTÕES REFERENTES ÀS REFERÊNCIAS

    Devem vir separadas do texto por um espaço em branco (1,5). A Palavra REFERÊNCIAS digitada em maiúsculas, seguida de dois pontos, alinhada à esquerda, seguida de um espaço em branco (1,5). Devem listar-se apenas as referências de fato citadas no texto.

    QUESTÕES DE ORDEM GERAL

    A responsabilidade pela redação, seu conteúdo ideológico e seu ajuste lingüístico, é de inteira responsabilidade do(s) autor(es).

    Pedimos, se possível, não utilizar NOTAS DE RODAPÉ. Procure, assim, incluir as informações relevantes no corpo do texto e as referências no final do texto.

    Os textos devem apresentar no mínimo 08 páginas e no máximo 12 páginas, dentro das normas aqui estipuladas e contemplando todos os itens mencionados.

    Os textos normatizados devem ser enviados, impreterivelmente, ao coordenador do Simpósio, até a data fixada no Cronograma geral.


Caught in a web!!!


Uma colônia de aranhas do gênero anelosimus teceu teias gigantes em copas de árvores, cercas de madeira e no pasto de uma fazenda em Iranduba (região metropolitana de Manaus).

Segundo a especialista em aracnídeos Lidianne Salvatierra, do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), o fenômeno é raro em áreas distantes de florestas nativas.

Antônio Lima – 5.fev.12/Acrítica/Folhapress
Árvores cobertas por teias de aranhas na cidade de Iranduba, com 40 mil habitantes, às margens do rio Solimões
Árvores cobertas por teias de aranhas na cidade de Iranduba, com 40 mil habitantes, às margens do rio Solimões

Salvatierra disse acreditar que as aranhas tenham migrado para as árvores da fazenda por um fenômeno de dispersão.

A espécie de aracnídeo tem menos de um centímetro de comprimento.

“Essas aranhas são originárias de floresta tropical. Como são bem leves, um vento ou um animal pode ter ajudado na dispersão.”

As teias gigantes atraíram a atenção da população de Iranduba, cidade de 40 mil habitantes às margens do rio Solimões.

A imagem das árvores encobertas por teias lembra um cenário de ficção científica. O dono da fazenda não quis se identificar para a equipe do Inpa.

De acordo com a especialista, as aranhas tecem as teias há três meses. Amostras da espécie foram coletadas para pesquisa e registro no instituto.

Segundo a pesquisadora, as aranhas anelosimus se agrupam em teias individuais até a formação de ninhos coletivos –por isso são chamadas de “aranhas sociais”.

As teias servem de abrigo e de armadilha para insetos. Grossos, os fios das teias são resistentes ao calor e à chuva amazônica.

O movimento de borboletas que tentam se livrar das teias consegue desfazer pequenas partes da estrutura. “Mas milhares de aranhas capturam as borboletas antes que isso aconteça”, conta Salvatierra.

Silence disguised
I watch you
Show me the hurt
that haunts you
Would you despise the thrill
If all you hide were mine?

I can’t hold on any longer
These feelings keep growing stronger
Echoes that deafen the mind
will bury my voice in their wake

Caught in a web
Removed from the world
Hanging on by a thread
Spinning the lies
devised in my head

I’ve seen the path
the one you take
shows the truth
for you to make
This turn of phrase
we might not see
is the thirst of desire
found so easily

Try to push me ‘round
the world some more
And make me live in fear
I bare all that I am
made of now
Attractive I don’t care
‘Cause even when I danced with life
no one was there to share

Does this voice the wounds of your soul?
Does this voice the wounds of your soul?

Caught in a web
Removed from the world
Hanging on by a thread
Spinning the lies
devised in my head

Tried to live the life
you live and saw
It doesn’t work for me
I bare all that I am
made of now
Attractive, I can’t be
Inside the Dance of Life is one
I’ll never hold to me

You can’t heal the wounds of my soul.
You can’t heal the wounds of my soul.

Caught in a web
Removed from the world
Hanging on by a thread
Spinning the lies
devised in my head

Caught in a web
Refused by the world
Hanging on by a thread
Spinning a cage
Denied and misread

Atendendo a pedidos…


(este post é para você, querido Dante beatrizento! 😉 )

Ah, aproveito para deixar aqui três poemas do Braga, já que a temática é apropriada (visitem o site dele para mais sacanagens!)

primeiro foi um dedo e não foi fácil
gemeu e reclamou mas pediu mais
carícias em seu corpo prazer táctil
primeira vez que realmente faz

o medo consistente está volátil
agora é hora certa outra jamais
molhada ser rasgada um pau pulsátil
depois da forte dor consegue paz

mas arde e não se solta e não consegue
embora com tesão e estando a fim
se esforça e se concentra e o ato segue

e pensa que não é pra ser assim
espera a uma luz que forte a cegue
de fato a irá buscar até seu fim.

pro dia dos namorados:

acordo de manhã com meu pau duro
chupava, no meu sonho, uma buceta
sem pelos, bem molhada… estava escuro
sentia com os lábios do capeta

ouvi alguns gemidos e um sussurro
talvez também um anjo, uma trombeta
com língua e precisão: trabalho puro
se não tem esse dom pois nem se meta

sonhando, claro, estava meio em transe
passava minhas mãos em pele nua
e tudo o que existia, ao meu alcance

os astros, os planetas, sol e lua
buceta que fascine, que me amanse?
eu tenho por certeza que era a sua!

—-

comer um cu requer ter muito jeito
buceta (que é mais fácil e natural)
também requer ser bom, fazer direito
mas cu é quem ensina o pau ser pau

comer atrás, na bunda, é algo perfeito
o sabe bem quem curte um bom anal
e sabe, garotinha, sou sujeito
que nunca lhe faria qualquer mal

portanto vá, confie, vá e deixe
e morda minha mão se sentir dor
aguente e seja forte e não se queixe

que vou gozar bem fundo e com ardor
depois, com quem quiser que você deite
você se lembrará do meu calor.

&&&&&&&&

Bem…após esta introdução (!) *rs* sugestiva, eis o real propósito do post:

DEZ CLÁSSICOS ERÓTICOS PARA LER NA CAMA

…esqueceram do Lolita (Nabokov), do Amante de Lady Chatterley (D.H.Lawrence) e do Trópico de Capricórnio (Henry Miller) 😉 Ah, e o Memórias de minhas putas tristes (Gabriel García Márquez)! Sem contar os poemas eróticos do Drummond, a obra da Hilda Hilst, e as antigas putarias do Catulo e da Safo, passando pela quase desconhecida Catherine Millet 🙂

10 A HISTÓRIA DE O, de Pauline Reage
O décimo na lista é um clássico da submissão. Tinha de ser francês. Ninguém supera os franceses em preguiça, arrogância e sabedoria na arte do sexo. O livro, de 1954, é de Pauline Réage. É um nome falso dado o conteúdo chocante. Pouco antes da morte da autora soube-se que se tratava na verdade de Anne Desclos (1907- 1998). O romance foi transformado em filme igualmente bom protagonizado pela belle Corinne Cléry. Nada é mais erótico do que a submissão, como sabemos todos nós que mesmo não sendo franceses não somos bobos. O, fotógrafa de moda parisiense, aceita participar de uma sociedade secreta na qual as mulheres estão à completa disposição dos homens. Alguns detalhes são notáveis. As mulheres jamais vestem calcinha e devem ficar todo o tempo com as pernas levemente abertas. O, como suas companheiras, ao dar tudo recebe tudo. Essa é a lógica da submissão, a qual se expressa de forma sublime no momento em que ela oferece a carne jovem para que seja marcada como se fosse gado a ferro quente por seu proprietário. A dor é a grande parceira da submissão nos jogos eróticos. É sem dúvida um livro que não pode faltar em qualquer biblioteca erótica decente.

9 ENGRAÇADINHA, de Nelson Rodrigues
Nelson Rodrigues (1912-1980) foi melhor que o Brasil. Se tivesse escrito em inglês e nascido nos Estados Unidos, seria hoje um escritor da estatura de Hemingway.

E mais versátil: o melhor dele está nas peças absurdamente inovadoras e bem escritas, mas também no conto, no romance, nas crônicas de fatos diversos NR apresentou um nível irritantemente elevado.

Ele escreveu folhetins com os companheiros de redação olhando pelas costas aonde iam dar as tramas. Para coisas que achava pouco sérias, usava o pseudônimo retumbante de Suzana Flag. Engraçadinha, ou Asfalto Selvagem, é dos anos 1940. É tão provocativo que, se um jihadista ler, pode decidir não mais explodir com uma bomba, e sim aproveitar as delícias terrenas proporcionadas pelas mulheres.

Ela é uma jovem suburbana carioca que enlouquece sexualmente todo mundo, inclusive uma prima. Sua beleza e sua libido são do tamanho do Redentor. Engraçadinha tem depois uma filha que é sua continuação na vertigem sexual, Silene.

As aventuras de Engraçadinha, Letícia, Silene e tanta gente são valorizadas pela prosa soberba de Nelson Rodrigues, um dos meus queridos entre os queridos, um gênio, um talento para juntar palavras só comparável em língua portuguesa a Machado de Assis, e se alguém disser que a mim mesmo eu abjuro.

8 O CRIME DO PADRE AMARO, de Eça de Queiroz
Você pode bem imaginar qual é o crime do padre Amaro. Ele conquista o coração e a carne tenra de uma rapariga linda e pura, Amélia. Com seu realismo e seu brutal anticlericalismo, Eça de Queiroz (1845- 1900) faz de O Crime do Padre Amaro um romance de elevado teor sexual. A conquista de Amélia pelo predador sexual de batina é lenta, gradual e segura. O leitor como que assiste de camarote. Eça é um escritor que tem de ser lido. Seu manejo do português é soberbo. Ele tem a mesma estatura de gigantes como Balzac, Zola, Dostoievski e Machado de Assis. Dominou como poucos a arte de escrever romances. Você conhece a história de Portugal na segunda metade do século 19 pelas páginas de Eça. O sexo em Machado de Assis era sutil. Você nem sequer tem certeza de que Capitu traiu o marido Bentinho porque fica no ar a possibilidade de ciúme doentio do narrador, o próprio Bentinho. Em Eça, não. O sexo é como ele é na vida real – uma força da natureza.

7 DECAMERON, de Boccaccio
A Idade Média ao menos na Itália era bem menos casta e religiosa do que você pode imaginar se olhar muito para aqueles afrescos cristãos. Copulava-se, e como, ali. Os homens viviam pouco e tratavam de semear as mulheres para garantir a sobrevivência de seus genes. As mulheres não pareciam se queixar. É o que você percebe ao ler Decameron, de Boccaccio (1313-1375), livro que traz uma série de histórias entremeadas por um único fator: o sexo despudorado e quase sempre cômico. Os conventos foram um lugar sob medida para Boccaccio – a imaginação masculina vibra sempre que um grupo de mulheres se enclausura, coloca uniforme e reza. Decameron se transformou em um cultuado filme rodado em 1971 por Pier Paolo Pasolini. Os mais curiosos devem ler o livro primeiro e assistir ao filme depois. Os preguiçosos podem ver apenas a fita.

6 DESIDÉRIA, de Alberto Moravia
Desidéria, de Alberto Moravia (1907-1990), o grande romancista italiano, já se anuncia no nome da personagem principal e no título do livro. Desidéria vem de desejo. Desejo sexual, naturalmente. Ninguém está falando aqui de chocolates. Filha de uma prostituta, Desidéria é adotada por uma mulher sexualmente voraz. Ela própria também não é nada fraca nessa área, e em certo momento a mãe adotiva cobiça sua carne magnética.

A narração é engenhosa. É feita na forma de entrevista. O narrador – “eu”, como ele se identifica – faz perguntas a Desidéria. Como é clássico em Moravia, a história é passada em Roma. O romance foi transformado em filme venerado pelos amantes da arte erótica. Desidéria foi interpretada por Lara Wendel em 1980. Nesses dias Lara era capaz de convencer o papa a rezar o Alcorão.

Minha recomendação à comunidade é ir à melhor livraria e comprar não apenas Desidéria, mas tudo o que encontrar de Moravia.

5 ELOGIO DA MADRASTA, de Mario Vargas Llosa
Vargas Llosa (1936) tem uma obra grande em quantidade e em qualidade. É uma vergonha para os escritores brasileiros que tenha sido ele, um peruano, quem percebeu a grandeza dos Sertões, de Euclides da Cunha, e a oportunidade de romancear Canudos, o que ele fez com A Guerra do Fim do Mundo.

Também na literatura erótica Vargas Llosa se impôs. Ele é especialista em Schiele, o esplêndido pintor austríaco que deu às mulheres de seus quadros um ar de entrega sexual absoluta e arrebatadora. Schiele faz parte do enredo de Elogio da Madrasta, romance de Llosa que trata da iniciação amorosa de um garoto com a mulher de seu pai.

Há aí também um tributo de Llosa a seu romance predileto, A Educação Sentimental, de Flaubert. Em Elogio da Madrasta Llosa levou a educação sentimental de um jovem a níveis de completa carnalidade. Se a obra de Flaubert comove, a de Llosa excita.

4 ANTI-JUSTINE, de Restif de la Bretonne
Sade associou o prazer sexual à dor. Seu arquirrival La Bretonne (1734-1806) fez o oposto. O sexo para ele estava vinculado à alegria de viver. Anti- Justine, uma de suas obras capitais, é uma resposta a Justine, de Sade. Os dois livros figuram entre o que de melhor se produziu na mais atrevida literatura libertina da história – aquela que se fez na França no século 18.

Em Anti-Justine, o narrador conta suas aventuras sexuais, as quais começam quando muitos homens ainda acreditam pelo menos parcialmente em Papai Noel. Como o futuro Luís XV, o herói tem fixação por pés femininos, e são os de uma irmã sua que primeiro despertam seu interesse sexual. Os críticos e os leitores de Bretonne acabariam com uma dúvida que jamais se dissiparia: ele quis se opor a Sade mostrando, como o narrador afirma, que o sexo é puro prazer ou na verdade decidiu fazer um romance ainda mais pornográfico do que Justine? Qualquer que seja a resposta, Anti-Justine se impõe como volume obrigatório em qualquer bibliografia libertina.

3 JOIAS INDISCRETAS, de Denis Diderot
Diderot (1713-1784), o enciclopedista francês, tinha um problema quando era bem jovem ainda: a amante exigira 50 luíses de ouro para não abandoná-lo. A solução que ele encontrou foi escrever às pressas um romance libertino, como era moda na França de seus dias, a segunda metade do século 19. Em 15 dias ele escreveu um romance do jeito que os leitores apreciavam. Levou-o a um editor, o qual lhe deu as moedas. “Então eu as atirei na saia da tinha amada”, lembraria Diderot. O romance é Joias Indiscretas. A inspiração veio de O Sofá, de Crébillon, que figura nesta lista. Em vez de um sofá que observa as farras sexuais das pessoas, são joias. Mais uma vez a história é passada em um lugar que excitava os franceses pela sofisticação erótica apurada ao longo de séculos: a Arábia das Mil e Uma Noites. As Joias Indiscretas, fora seu valor erótico, é uma lembrança pungente do que um homem é capaz de fazer quando uma amante fogosa ameaça abandoná-lo.

2 O SOFÁ, de Crébillon Fils
Como era boa a literatura libertina francesa do século 18, quando os ventos da mudança radical varriam a França! O Sofá, de Crébillon (1707-1777), é um clássico erótico. Como muitos romances do gênero, a inspiração – improvável quando se pensa no mundo em que vivemos – é o Oriente misterioso e sensual dos maometanos, tão bem registrado nas Mil e Uma Noites e hoje símbolo do conservadorismo sexual. Um homem que em uma outra vida foi sofá – ah, o humor e a imaginação dos franceses – narra a um rei o que testemunhou. E não foi pouca coisa.

Crébillon toca na hipocrisia. O sofá diz que viu muita gente tomada pelo vício se empenhar não em mitigá-lo, e sim em escondê-lo. O livro, como tantos outros da mesma família, foi publicado anonimamente. Os franceses
inventaram a arte de fazer amor e também a arte de escrever sobre fazer amor. Uma prosa charmosa, jamais vulgar, inteligente e sacana. Voilà. Em uma biblioteca libertina decente, O Sofá e Crébillon são mandatórios.

1 RELAÇÕES PERIGOSAS, de Chordelos de Laclos
Este é o supremo da sutileza erótica. Laclos (1741-1803) escreveu um tipo de livro que fazia sucesso na França pré-revolucionária: um romance epistolar. Toda a trama – em que há sexo, sedução, cinismo e elegância, tudo misturado gira em torno de cartas. O ócio esplêndido em que vivia a aristocracia francesa era em grande parte preenchido, como se pode ver em Relações Perigosas, pela prática de algo em que os plebeus e as plebeias atraentes estavam enfim incluídos – cópulas, cópulas e ainda cópulas. A versão cinematográfica de 1988 em que John Malkovich brilha como o canalha sedutor e manipulador Valmont está quase à altura do texto de Laclos. Ele queria escrever um romance que fugisse do comum e sobrevivesse à sua morte. O objetivo foi gloriosamente alcançado.

fonte: http://180graus.com/sexo–prazer

Veja também: https://janusaureus.wordpress.com/2012/04/29/atendendo-a-pedidos-2/

Abstratos