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Eric Hobsbawm: “Me recuso a dizer que perdi a esperança”
Me recuso a dizer que perdi a esperança”. Para Hobsbawn, o capitalismo chegou ao seu limite.
Quando Eric Hobsbawm estava escrevendo “A Era do Capital” -lançado em 1975-, explicou que fazia um imenso esforço para estudar algo que não lhe agradava nem um pouco. Hoje, o historiador marxista diz ter o mesmo sentimento, “eu não gostava da burguesia vitoriana e ainda não gosto, embora apreciasse o dinamismo daquele tempo”. À essa impressão, porém, vem adicionando, nos últimos anos, mais uma, a nostalgia.
“Agora, quando comparo o século 19 com o 20, sinto simpatia pelo modo como aqueles homens acreditavam no progresso. Foi um século de esperança. E essa minha nostalgia cresce à medida que o tempo passa e vejo, com pessimismo, o que vem acontecendo”, diz.
(…)
Não vejo problema quando um intelectual, especialmente de países do Leste Europeu, percebe que a democracia é melhor do que o sistema autoritário em que vivia. É normal a mudança de posição quando surgem fatos novos. O ex-comunista que condeno é aquele que antes militava em grupos de esquerda e que hoje tem uma bandeira única, a de ser anticomunista apenas, esquecendo-se do resto das ideias pelas quais lutava. Também me entristece ver intelectuais jovens, que não passaram pela história dessas lutas, repetindo e tentando tirar benefício desse mesmo tipo de propaganda.
via Eric Hobsbawm: “Me recuso a dizer que perdi a esperança”.
É, propaganda é eficaz por um motivo: já que não se raciocina, nem se sabe viver em sociedade, e tampouco se tem empatia para com quem não é seu namorado, filho ou marido…o jeito é apelar para o coraçãozinho mesmo, manipular com imagens em slow motion, simulações realistas, sangue, musiquinhas fofas e/ou tensas. Odeio esse método, mas o importante é a eficácia da propaganda, ainda mais quando eficácia significa vidas salvas. Fazer o quê, o ser humano é insensível, egoísta e burro, tem que lidar com ele assim, só manipulando e apelando mesmo!
observe as campanhas abaixo. as duas primeiras são da TAC, transport accident comission, da austália, e a terceira é da prefeitura de são paulo. claro, o brasileiro não gosta de ficar chocado. de um monte de coisa não se pode falar, mostrar, não é?
agora pergunte-se onde é mais seguro o trânsito. não é exatamente no brasil, é?
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Grécia: arqueologia ameaçada pela ‘maldição’ dos deuses da crise
“Todas estas ruínas históricas da Grécia fazem parte, também, de nossa maldição,” desabafou una arqueóloga grega que preferiu não ter o nome divulgado, por sentir que, com uma declaração dessa, trairia seu ofício, sua alma e seu país.
No entanto, com essa palavra -“maldição”-, resume as contradições enfrentadas hoje pela Grécia e seu passado: o patrimônio histórico é uma das principais atrações turísticas do país, e o Estado conta com ele para reativar a economia, mas não possui meios para valorizá-lo e mesmo protegê-lo.
As escavações oficiais se veem paralisadas pela falta de verba e as ilegais se multiplicam pela ausência de segurança, denuncia a Associação de Arqueólogos Gregos.
“Encontramos cada vez mais escavações não registradas perto de sítios arqueológicos. Algumas são realizadas por semiprofissionais que sabem o que procuram, financiados pelas redes organizadas do tráfico de peças de arte. Outros, são desesperados que esperam descobrir um tesouro”, conta a presidente da Associação, Despina Koutsoumba, citando a descoberta de canteiros ilegais de obras num cemitério da época micênica em Dafni.
Só os terrenos trabalhados em cooperação com institutos arqueológicos estrangeiros sediados na Grécia perduram. E isso, em meio a grandes acrobacias.
“O Estado grego é obrigado a financiar um determinado percentual de escavações. Como não há nenhuma verba para isso no orçamento, o governo calcula o valor de cessão temporária de um hangar ou terreno, para driblar sua participação financeira”, explica.
A crise com seu pacote de medidas de austeridade atinge todo o setor, as atividades de pesquisa e de edição e as iniciativas pedagógicas para as crianças desapareceram dos museus. Os salários dos funcionários foram reduzidos a até 660 euros por mês.
A crise afeta, também, os turistas. O museu arqueológico de Atenas ou o museu de arte bizantino de Salônica fecham regularmente suas salas às visitas, por falta de guardas.
“Se não estão abertos ao público, não são museus, mas entrepostos” lamentou Despina Koutsoumba, que fez recentemente, em Atenas, um apelo internacional à “resistência” contra os “golpes ditados pelo FMI”, a fim de evitar que esta crise se propague para outros locais na Europa – “o Coliseu, o Louvre, e os museus da Alemanha”.
– Roubos de obras de arte –
Desde o começo do ano, dois roubos espetaculares de obras de arte nos museus, aparentemente por parte de bandos organizados, abalaram a Grécia, atestando as falhas na proteção do patrimônio, conhecidas há muito tempo, mas agravadas pelos cortes no orçamento, devido à crise.
Cerca de 60 peças antigas, cujos vestígios remontam ao século X antes de nossa era, foram roubadas em fevereiro num museu de Olímpia, berço dos jogos Olímpicos. Em janeiro, três obras, entre elas um retrato de mulher doado por Picasso à Grécia e um Mondrian, foram roubados da Galeria Nacional.
“A pobreza e as más condições de vida estavam presentes nas décadas de 50 e 60, mas ninguém, na época, ousava roubar um museu”, disse o ministro da Cultura Pavlos Geroulanos, que pediu demissão logo após o roubo do Olímpia, recusada pelo primeiro-ministro Lucas Papademos.
Dos 106 museus arqueológicos e bizantinos, passando pelos 250 sítios organizados e 19.000 declarados com que conta a Grécia, apenas um punhado permanece ainda rigorosamente preservado: a Acrópole de Atenas, o monumento mais visitado da Grécia, com seu canteiro de restauração financiado pela União Europeia, e Knossos, o maior sítio arqueológico da Idade do Bronze na ilha grega de Creta, além de Delfos, Olímpia e Vergina, perto de Salônica, no norte.
Em todos os locais, a situação é difícil. Em Corinto, o local escavado pela escola arqueológica americana, fecha aos visitantes às 15h00 por falta de funcionários; e alguns museus do Dodecaneso, que significa “doze ilhas”, em grego antigo, na extremidade leste do Mar Egeu, vão ficar fechados até o mês de maio.
“Tenho medo que abandonem expressamente a cultura, para poder privatizar o setor mais livremente, como já aconteceu na Polônia, onde 2.000 companhias privadas escavam seu subsolo” disse um integrante da associação de arqueólogos.
– Publicidade –
Para melhorar sua situação financeira, a Grécia decidiu autorizar a exploração publicitária de suas antiguidades, a começar pela Acrópole, uma iniciativa que era, até o momento, considerada sacrílega pelos arqueólogos.
Esta decisão se inscreve numa série de disposições visando a “facilitar” o acesso ao patrimônio do país, e a assegurar melhor sua promoção, afirma o ministério.
No momento em que o país, que entra no quinto ano consecutivo de recessão, tenta ativar a retomada econômica, a lentidão do governo, e particularmente os empecilhos dos arqueólogos, são muito criticados por empresários, que querem, por exemplo, que a obtenção de licenças para a construção, sejam mais rápidas.
“Se o governo tivesse mais funcionários, tudo iria mais rápido. Um projeto de construção, por exemplo, fica, às vezes, bloqueado durante seis meses até que os arqueólogos divulguem um estudo a respeito”, comenta Amalia Tsitouri, da associação de arqueólogos.
Em grandes cidades, como Atenas, se não tivessem feito pressão, os turistas não veriam mais nada, segundo ela, porque as construções seriam levantadas em todos os locais.
“A construção civil é uma histeria no país. Os locais mais belos foram preservados graças à lei arqueológica que permitiu proteger uma parte do patrimônio natural”.
Tratadas como disputas de 2ª classe, eleições municipais trazem o “menosprezado” desafio de escolher um vereador
O calendário de 2012 oferece ao brasileiro uma nova oportunidade para refletir sobre as questões que lhe são mais próximas e aflitivas –das opções de transporte coletivo aos engarrafamentos, dos buracos no asfalto à falta de ciclovias, da coleta do lixo doméstico à limpeza das vias públicas, do horário de funcionamento dos parques à conservação dos monumentos.
Considerando-se a última contagem da Justiça Eleitoral, fechada em janeiro, vão às urnas no dia 7 de outubro 136.589.962 eleitores. Escolherão os prefeitos e respectivos vices de 5.564 municípios. Terão de selecionar também os ocupantes de quase 60 mil assentos nas câmaras municipais.
Pela lei, os candidatos só serão escolhidos entre os dias 10 e 30 de junho, período em que os partidos realizarão as suas convenções. Mas eles já estão po aí. Concedem entrevistas, promovem encontros nos bairros, distribuem abraços de ocasião, beijam crianças e simulam interesse pelos dramas individuais.
Num país em que o noticiário é monopolizado pelos grandes temas federais, os assuntos das cidades tendem a ser tratados como questões de segunda classe. Com as eleições municipais, ganham ao menos a perspectiva de disputar as manchetes com a crise financeira internacional, a reforma em conta-gotas do ministério e as brigas que eletrificam a coalizão de Dilma Rousseff.
Febre federal
Nas cidades maiores, onde a vida urbana pulsa com mais vigor, não será fácil debelar a febre federal que contamina o debate municipal, relegando-o a segundo plano e, por vezes, asfixiando-o. Em São Paulo, por exemplo, a maior, mais rica e mais problemática capital do país, insinua-se uma espécie de terceiro turno de 2010.
De um lado, o ex-presidenciável José Serra, na bica de ser oficializado como candidato tucano à prefeitura. Na outra ponta, o ex-presidente Lula, patrono da candidatura petista de Fernando Haddad, convertido pelas evidências numa versão municipal de Dilma. Como pano de fundo, a velha polarização PT versus PSDB.
A julgar pelos primeiros embates verbais travados entre Serra e Haddad, se depender dos dois só marginalmente se falará na campanha dos problemas da cidade. A dupla esforça-se para “nacionalizar” a disputa. Algo que faz ressurgir um fenômeno ruinoso, que é tratar a eleição municipal como mero degrau para os embates subsequentes, estaduais e presidenciais.
Embora seja mais evidente na capital paulista, o desapreço pela temática do município vai se manifestar noutras praças. Já vicejam as especulações sobre os planos expansionistas de Eduardo Campos, governador de Pernambuco, presidente do PSB federal e cultor de um ainda incipiente projeto presidencial.
FIQUE DE OLHO: DISPUTA NÃO DEVE SERVIR DE DEGRAU PARA 2014
Como que liberado pelo momentâneo aprisionamento de Serra em São Paulo, também o senador mineiro Aécio Neves, opção do tucanato para 2014, prepara-se para desfilar suas pretenções nacionais nos palanques municipais. Até o PMDB, que não dispõe de uma alternativa a Dilma, trata a disputa nos municípios como uma guerra particular contra o PT.
A pretexto de combater o plano do petismo de tornar-se força política hegemônica em Brasília, o PMDB do vice-presidente Michel Temer, o mais municipalista de todos os partidos brasileiros, embrenha-se num embate que subverte os interesses locais. Inaugura a temporada municipal com uma briga por cargos, verbas e privilégios federais.
Vale uma estátua em praça pública
As tentativas de federalizar o que deveria ser concentrado no município não é o único obstáculo a ser transposto pelo eleitor. Há outro desafio. Pode ser resumido numa pergunta: quantos portadores de título eleitoral já têm candidato a vereador? Quem disser que tem merece uma estátua em praça pública.
O mais provável é que o grosso do eleitorado ainda não tenha candidato à câmara de vereadores. Pior: a maioria nem sabe quem são os candidatos. Mais grave: são poucos, muito poucos, pouquíssimos os que estão preocupados com isso.
Por quê? A exemplo do que ocorre nas disputas nacionais –em que as eleições para presidente e governador coincidem com as legislativas— também na seara municipal a percepção popular tende a considerar a prefeitura como a instância mais relevante.
FIQUE DE OLHO: CUIDADO COM O CANDIDATO “RASGADOR DE AVENIDA”
Levando-se em conta a predominância do Poder Executivo no sistema político brasileiro, a leitura não é despropositada. Mas a dificuldade do eleitor de dar igual atenção às disputas para prefeito e vereador transforma as câmaras municipais em escândalos esperando para acontecer.
A quantidade de candidatos e o modelo eleitoral potencializam os riscos. Em 2008, os vereadores brasileiros eram contados em 51.748. Uma emenda aprovada no Congresso em 2009 autorizou 2.153 câmaras municipais do país a elevar o número de cadeiras. A quantidade varia conforme o tamanho do eleitorado.
Embora o acréscimo de assentos seja facultativo, sabe-se que mais de 1.700 câmaras já decidiram engordar seus quadros. Estima-se a quantidade de novas vagas em algo ao redor 8.000. Quer dizer: a legião de vereadores, que já era grande, vai roçar a casa dos 60 mil em todo país.
O espaço dedicado a essa gente na propaganda de rádio e TV é diminuto. O suficiente apenas para que o candidato pronuncie o nome e um número. Com sorte, sobra tempo para implorar ao expectador que não o esqueça. Tamanha ligeireza termina por converter a eleição de vereador num jogo de cabra-cega.
A escuridão tonifica o risco de chegar às câmaras o rebotalho. Junto com ele, todos os vícios que levam a sociedade a se desinteressar da política. O descaso faz proliferar a deformidade moral, num moto-contínuo que conspurca a democracia e gera um paradoxo.
Eis a contradição embutida no modelo: no âmbito municipal, aquele que é respirado mais de perto pelo cidadão, é onde sua participação na escolha dos pseudo-representantes da vontade coletiva é menos atraente e mais limitada.
Simultaneamente, proliferam os investimentos em condomínios fechados e shopping centers, espaços urbanos em que as cidades –ou os pedaços mais abastados das cidades– tentam proteger-se de si mesmas.
As dúvidas mais comuns dos eleitores
Quando serão as eleições?
O primeiro turno ocorre no dia 7 de outubro, enquanto o segundo será em 28 de outubro.
Que cargos estão em jogo?
Serão eleitos prefeitos e vereadores nos 5.566 municípios brasileiros.
Quem é obrigado a votar?
O voto é obrigatório para os maiores de 18 anos e facultativo para os analfabetos, os maiores de 70 anos e os que tenham entre 16 e 18 anos.
Quem faz 16 anos no dia ou na véspera da eleição pode votar?
Sim. O jovem que fizer 16 anos no dia 7 de outubro poderá tirar seu título normalmente até o dia 9 de maio, mas o documento terá validade somente a partir da data em que completar a idade mínima.
O jovem que não votar precisa justificar?
Se ele tiver entre 16 e 18 anos, não precisa.
Cidadãos naturalizados brasileiros que ainda não têm título são obrigados a votar?
Sim. O brasileiro naturalizado que não tiver se alistado até um ano depois de adquirida a nacionalidade pagará multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição.
Quem não votou no primeiro turno pode votar no segundo?
Sim, os dois turnos são considerados eleições diferentes.
Moro e trabalho em uma cidade, mas vou viajar a outra para votar. Posso ter dispensa no dia seguinte à eleição?
Não, a lei não prevê essa dispensa.
O que eu faço se não puder comparecer à votação?
Se você estiver fora de sua cidade, justifique sua ausência, no dia da eleição, em qualquer local de votação ou posto de justificativa, entre 8h e 17h. Nos outros dias, é possível obter o formulário de requerimento de justificativa eleitoral gratuitamente, em qualquer cartório eleitoral, postos de atendimento ao eleitor, ou nas páginas do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de cada Estado. No dia da eleição, com o título de eleitor e um documento de identificação em mãos, o eleitor deve entregar o formulário preenchido em qualquer local de votação ou posto de justificativa. Se não for possível fazer a justificativa no dia do pleito, é preciso procurar o seu cartório eleitoral para fazer a justificativa até 60 dias depois das eleições, munido dos documentos que comprovem o motivo da ausência. É importante lembrar que primeiro e segundo turnos são eleições independentes, portanto é necessária uma justificativa para cada votação.
PROPAGANDA ELEITORAL | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Em qual período haverá propaganda no rádio e na TV?
A propaganda eleitoral gratuita em rádio e TV vai de 21 de agosto a 4 de outubro (primeiro turno) e de 13 a 26 de outubro (segundo turno). Posso fazer propaganda do meu candidato no Twitter, Facebook, Orkut, blog ou outros sites? Sim, mas somente a partir de 6 de julho, quando começa oficialmente o período de campanha eleitoral. A Justiça Eleitoral analisa a possibilidade de antecipar este prazo. Estou recebendo e-mails difamando um candidato, e desconfio que eles sejam ilegais. O que faço? Procure o Ministério Público Eleitoral, que é o órgão competente para fazer denúncias sobre propaganda irregular. O telefone é (61) 3105-5672 ou clique aqui. Alguns TREs também têm serviços de disque-denúncia. |
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TÍTULO DE ELEITOR | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Preciso tirar meu primeiro título de eleitor. Como faço?
Seu título deve ser emitido na cidade em que você mora, na Central de Atendimento ao Eleitor ou no cartório eleitoral da sua cidade. Caso não haja um cartório eleitoral em seu município, informe-se qual município responsável pelas eleições em sua cidade e compareça ao cartório eleitoral de lá. Para fazer o título é necessário um documento oficial e original que contenha nome completo, data de nascimento, filiação e cidade de nascimento (Identidade, Certidão de Nascimento ou Casamento, Reservista e Carteira de Trabalho). Não serão aceitos a carteira de habilitação e o passaporte; comprovante de residência recente, em seu próprio nome, ou de seus pais, ou cônjuge. Não são aceitas correspondências particulares; quitação do serviço militar (para os homens). Onde eu posso consultar a situação do meu título eleitoral? Você pode confirmar esta informação por meio do site do TSE. Para isso, não é necessário o número do titulo: bastam o nome do eleitor, o nome da mãe e a data de nascimento. Até quando posso transferir meu título? Como devo fazer? O prazo final é 9 de maio. Para realizar a transferência, é necessário ir ao cartório eleitoral munido do título de eleitor, de um documento de identidade, do último comprovante de votação ou justificativa e de um comprovante de residência. |
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LOCAL DE VOTAÇÃO | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Onde eu posso confirmar meu local de votação?
Você pode confirmar esta informação por meio do site do TSE. Para isso, não é necessário o número do titulo: bastam o nome do eleitor, o nome da mãe e a data de nascimento. Posso votar fora da minha cidade ou do meu Estado? Não. Somente para Presidente da República é possível o voto em trânsito. Se eu sou eleitor de uma cidade onde há segundo turno, mas viajei para um local onde não há segundo turno, como eu justifico minha ausência? Nesse caso, a cidade terá um posto de justificativa eleitoral. Cada TRE informa onde estarão localizados esses postos. Meu título de eleitor é de uma cidade, mas me mudei para outra. Posso votar na cidade onde moro atualmente? Se você não transferiu seu título de eleitor, não poderá votar. Moro no exterior. Posso votar? Voto de brasileiros que estão no exterior só são permitidos para o cargo de presidente. |
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MESÁRIOS | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
A nomeação para mesário é para um ou dois turnos?
Todo convocado para trabalhar na eleição deverá comparecer nos dois turnos, se houver segundo turno. O eleitor pode se oferecer para ser mesário? Sim. A Justiça Eleitoral incentiva a participação por vontade própria, com o programa Mesário Voluntário. As informações podem ser obtidas junto aos TREs. O eleitor é remunerado pelo trabalho como mesário? Não, mas ele tem direito à dispensa do serviço pelo dobro dos dias trabalhados na eleição. Todo eleitor pode ser mesário? Não, somente os maiores de 18 anos regularizados perante a Justiça Eleitoral. Quando ocorrem as nomeações dos mesários? As nomeações dos mesários ocorrem em até 60 dias antes das eleições e é feita pela Justiça Eleitoral. É possível pedir dispensa do trabalho de mesário? Caso seja possível, como é feito o pedido? O pedido de dispensa é feito por meio de requerimento direcionado ao juiz eleitoral. O requerente deverá apresentar os motivos em até cinco dias a contar da nomeação, a menos que os motivos ocorram depois desse prazo. O que acontece se eu não atender à convocação para ser mesário? Está prevista multa de até um salário mínimo. Em caso de servidor público, ocorrerá suspensão de até 15 dias. As penas serão aplicadas em dobro se a mesa deixar de funcionar por culpa dos faltosos. Por quantas eleições trabalharei como mesário? Tudo dependerá do seu cartório eleitoral. Não há uma regra estabelecida, mas as nomeações valem apenas para uma eleição, ou seja, se você foi nomeado agora não está convocado automaticamente para a próxima. |
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DIA DA VOTAÇÃO | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Qual é o horário de votação? Como ficam os fusos diferentes do horário de Brasília?
A votação é das 8h às 17h, pelo horário local. Quais documentos devo levar para poder votar? É obrigatória a apresentação de um documento oficial de identificação com fotografia. São válidos certificado de reservista (no caso dos homens), carteira de trabalho, carteira nacional de habilitação com foto e identidades funcionais. Certidões de casamento ou de nascimento não são aceitas. Em que horário vai vigorar a Lei Seca? Por ser uma questão de Segurança Pública, a aplicação da Lei Seca fica a critério das Secretarias de Segurança Pública em cada Estado ou município. Quem tem preferência para votar? Têm preferência os candidatos, os juízes, seus auxiliares e servidores da Justiça Eleitoral, os promotores eleitorais e os policiais militares em serviço e, ainda, os eleitores maiores de 60 anos, os enfermos, os portadores de necessidades especiais e as mulheres grávidas ou que estejam amamentando. Como um eleitor cego poderá votar? Para votar, os deficientes visuais poderão usar qualquer instrumento mecânico que eles mesmos portarem ou que seja fornecido pela mesa. Eles também podem recorrer ao sistema de áudio, quando disponível na urna, sem prejuízo do sigilo do voto, ou à marca de identificação da tecla 5. Os deficientes visuais poderão ainda utilizar tanto o alfabeto comum quanto o sistema Braile para assinar o caderno de votação ou assinalar as cédulas, se for o caso. Como votam os eleitores com necessidades especiais? Os eleitores portadores de necessidades especiais poderão votar em seções com instalações adequadas se comunicarem a Justiça Eleitoral sobre suas restrições e necessidades até 7 de setembro. O eleitor portador de necessidades especiais poderá ser auxiliado por pessoa de sua confiança, ainda que não o tenha requerido antecipadamente ao Juiz Eleitoral. Essa pessoa poderá inclusive digitar os números na urna, desde que autorizada pelo presidente de mesa. Se a urna apresentar defeito, o que acontece? O presidente de mesa providenciará a reparação do problema. Se o problema persistir, a votação será feita com cédulas de papel, até o final. Posso usar uma “cola” para votar? Sim. A própria Justiça Eleitoral distribui e incentiva o uso de colas. Posso entrar na cabine com telefone celular, rádio ou iPod? É proibido entrar na cabine de votação com telefone celular, máquinas fotográficas, câmeras de vídeo, equipamento de radiocomunicação ou qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo do voto. Esses aparelhos devem ficar retidos na mesa enquanto o eleitor estiver votando. Embora a lei não trate especificamente de mp3 players, a Justiça Eleitoral recomenda que este tipo de aparelho não seja usado na cabine. Posso votar usando bandeiras e bottons do meu candidato? Sim. As manifestações estão liberadas, desde que sejam feitas em silêncio. Posso distribuir “santinhos” na hora de votar? Não. A distribuição de material só pode ocorrer até as 22h do dia anterior à eleição. Como mesário, posso fazer propaganda do meu candidato por meio de camiseta ou qualquer outro meio? Não, isso é proibido. |
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NÃO VOTEI, E AGORA? | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O que acontece se eu não votar e não justificar a minha ausência?
Você terá de pagar multa em torno de R$ 3. Se não pagar a multa, fica impedido de inscrever-se em concurso público, participar de concorrências, obter empréstimos em instituições financeiras do governo, receber remuneração de função ou emprego público, obter passaporte ou carteira de identidade, renovar matrícula em estabelecimento público de ensino ou praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou Imposto de Renda. Quem não votar e não justificar a ausência em três eleições consecutivas (lembrando que cada turno é uma eleição), terá o título cancelado. |
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DEPOIS DA ELEIÇÃO | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Eu votei, mas perdi os comprovantes. Como faço para comprovar meu voto?
Solicite a qualquer cartório eleitoral uma certidão de quitação eleitoral. A certidão também pode ser emitida por meio do site do TSE. Datas e prazos que eleitores e candidatos devem seguir nas Eleições 2012
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Vocês se lembram…
…deste meu post? Pois bem…eis as notícias mais recentes em relação a Washington D.C. e ao movimento Occupy:
“Com base na lei que proíbe acampamento em praça pública, a polícia removeu no sábado a maioria das barracas do local de protesto do “Ocupe Washington” a poucos quarteirões da Casa Branca, que tem abrigado manifestantes durante meses.
Dezenas de policiais isolaram a McPherson Square e entraram no local antes do amanhecer para fazer cumprir o regulamento de não acampar. Os manifestantes estão na praça desde outubro, em protesto contra a desigualdade social, a ganância corporativa e que eles veem como uma estrutura tributária injusta que favorece os norte-americanos mais ricos.
Até o meio-dia, a polícia disse ter prendido seis pessoas, com pouco ou nenhum confronto. O National Park Service havia advertido repetidamente os manifestantes de que começaria fazer valer a proibição contra acampamento na McPherson Square e no Freedom Plaza, ambos a poucos quarteirões da Casa Branca.
“Esta não é uma expulsão”, disse o sargento da polícia David Schlosser. Ele disse que a polícia estava “se concentrando nas restrições a acampamento”.
A polícia inicialmente removeu uma lona decorada com estrelas e luas que recobria a estátua do Major General da Guerra Civil James McPherson. Os manifestantes se reuniam sob a lona durante a noite. Policiais e profissionais da vigilância sanitária removeram barracas, camas e lixo de perto da estátua. Depois eles se voltaram para outras áreas da praça, fazendo pilhas enormes com detritos acumulados nos últimos quatro meses.
Protestos similiares contra a desigualdade social e econômica em outras cidades norte-americanas foram fechados pela polícia.
A imprensa local em Austin, no Texas, informou que a polícia tinha removido um acampamento do movimento “Ocupe”, com sete prisões.
Manifestações na capital dos EUA têm sobrevivido a um inverno excepcionalmente ameno e uma abordagem permissiva por parte das autoridades federais relutantes em provocar o confronto.
Mas os locais tem sido alvo crescente de queixas de membros do Congresso e funcionários públicos por causa da sujeira e dos ratos. O local do protesto também vem atraindo pessoas desabrigadas.
Apesar da ação da polícia, o manifestante David Blaskette, 19, de Portland, Maine, prometeu manter os protestos enquanto montava uma barraca na praça. Ele disse ter ficado 48 horas sem dormir como protesto.
“Há uma grande quantidade de pessoas que estão em greve de sono só para mostrar que vamos ficar aqui e lutar por aquilo em que acreditamos e nada vai impedir o nosso caminho”, disse Blaskette.
(Reportagem adicional de Will Dunham)”
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Criador do Occupy Wall Street quer novo partido nos EUA e reinvenção da esquerda
Muita gente nunca ouviu falar na revista Adbusters. Editada em inglês em Vancouver, no Canadá, a publicação com tiragem mundial de 120 mil exemplares tem como objetivo declarado desestabilizar as estruturas de poder existentes no mundo e forjar uma mudança na forma como as pessoas viverão no século 21. Missão impossível? O editor-chefe da revista, Kalle Lasn, garante que não. Foi com essa certeza que a modesta revista iniciou um movimento que promete abalar as estruturas do sistema politico norte-americano neste ano eleitoral.
Reprodução
Inspirado pelos acontecimentos da Primavera Árabe, Lasn e sua equipe criaram uma peça publicitária [imagem ao lado]em que uma bailarina pairava sobre o touro símbolo de Wall Street. O texto fazia apenas uma pergunta: “Qual a sua exigência?”, divulgava a hashtag #occupywallstreet e pedia para as pessoas levarem uma barraca para o centro financeiro de Nova York no dia 17 de setembro do ano passado.
O chamado catalizou a insatisfação, em especial dos jovens, com a crise econômica internacional, com a concentração de riquezas e com a influência cada vez maior das corporações sobre governos em todo o mundo. Milhares de pessoas atenderam ao pedido e ocuparam praças e outros espaços públicos nas principais capitais dos Estados Unidos e em mais de 1.500 cidades em 83 países. Lasn, um estoniano de 69 anos radicado no Canadá desde a década de 1980, ainda se surpreende ao analisar a dimensão do movimento. Nesta entrevista exclusiva ao Opera Mundi e à Carta Maior, ele fala da decepção com o governo de Barack Obama, explica por que é contra as corporações e como trabalha para criar um terceiro partido nos Estados Unidos.
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Como surgiu a ideia do Occupy Wall Street?
Quando começou a acontecer a mudança de regime na Tunísia, um momento muito excitante para o ativismo em todo o mundo e especialmente para nós, que vínhamos pedindo por esse tipo de revolução há 20 anos. Depois houve no Egito uma mudança de um regime duro instigada por jovens a partir do uso das mídias sociais e que levou as pessoas às ruas para exigir mudanças. Tudo isso nos fez pensar que nos Estados Unidos também há um tipo de regime. Não é como o do Egito, mas ainda assim é um regime que tem o poder, em que as megacorporações tem o poder de controlar Washington, o coração da democracia americana, e Wall Street, que tem o poder de controlar o destino econômico da América. Muitos jovens nos EUA sentem que todos os aspectos de suas vidas, como o tipo de sapato que compram, a música que escutam, ou a comida que comem, são de alguma forma controladas por poucas e poderosas megacorporações. Foi assim que começamos: precisamos de uma mudança de regime suave na América e como podemos realizá-la.
O que aconteceu depois de criado o slogan “Occupy Wall Street”?
O melhor a fazer era não tentar algo em Washington, mas sim em Nova York, e convocar as pessoas para ocupar o ícone do capitalismo global em Wall Street. Foi uma ideia muito poderosa naquele momento, quando muita gente odiava Wall Street pelo que aconteceu em 2008. Uma vez decidido que queríamos ocupar Wall Street, criamos um pôster, com a hashtag #occupywallstreet e assim que lançamos o feed no twitter as coisas começaram a ficar loucas. Passamos a divulgar os briefings táticos, enviando mensagens para as 90 mil pessoas que integram nossa rede global de ativistas e, aleluia, a ideia ganhou vida própria e agora estamos montados em um tigre.
O senhor se surpreendeu com a força do movimento?
Sabíamos que em Nova York seria uma grande explosão, um big bang. As pessoas estavam se organizando e bastante excitadas. O movimento chegou a Chicago e depois a Los Angeles, começou a cruzar fronteiras aqui no Canadá e, em meados de outubro, de repente havia mais de mil ocupações em todo o mundo. Nós apenas ficamos boquiabertos assistindo a tudo isso na Al Jazeera.
Gerrit van Aaken/Flickr.com
O senhor acompanha o avanço do movimento por outras cidades e países?
Sim, mantemos contato próximo com o máximo de pessoas possível. É como montar um tigre e é difícil monitorar todos eles, mas estamos em contato com as pessoas que organizaram as coisas originalmente no Zuccotti Park, com gente na Espanha, com ativistas em Londres e conhecemos muitos anarquistas na Grécia e pessoas de esquerda na Itália. Temos essa grande rede de contatos e as pessoas estão nos mandando informações o tempo todo de uma maneira muito efetiva.
O senhor é o líder do movimento?
Não, mas como iniciamos o processo e tivemos a ideia original, temos credibilidade. Há um ‘brainstorm’ global permanente acontecendo e a Adbusters faz parte dele. Uma das coisas maravilhosas, misteriosas e mágicas desse movimento é que ele nasceu sem liderança, sem demandas. Mas, como você sabe, sempre há líderes. Eles podem não se considerar líderes, mas no Zuccotti Park sempre havia alguém responsável pela área de mídia, outros encarregados da cozinha e trabalhando para que todos comessem bem. Os seres humanos por natureza têm os seus líderes. Por isso o movimento é complexo, um tipo de dança entre não ter líderes mas ter líderes, não ter demandas mas ainda assim ter demandas
É como o anarquismo?
Sim, é como o anarquismo. Você nunca sabe para onde está indo. É louco, muda todos os dias, mas há um tipo de liberdade, de espontaneidade. É como tocar jazz, como se todos os ocupantes fossem músicos que tocam uma música diferente a cada dia. Algumas vezes cantamos juntos e outras, separados. Improvisação é o nome do jogo e é por isso que o movimento tem sido um incrível sucesso ao lançar uma coalizão primeiro nos EUA e depois em outros países.
Qual sua avaliação do governo do presidente Barack Obama?
Todos acreditamos em Obama e na visão que ele apresentava. Mas assim que assumiu o poder ele começou a recuar em todas as decisões importantes que precisavam ser tomadas, como a questão dos presos em Guantánamo, a regulamentação do mercado financeiro e mesmo em relação à guerra no Afeganistão. Obama sempre ficou em cima do muro e não mostrou a ousadia que parecia ter. Ele deve ser reeleito, mas sem o apoio entusiasmado dos jovens americanos. E também porque os candidatos republicanos não têm carisma, visão e parecem um bando de perdedores.
Adbusters pretende apoiar Obama, como na eleição anterior?
Nós o apoiamos no passado. Ficamos tão impressionados com a visão dele sobre a direção que os EUA deveriam seguir, da política externa, mas estamos desiludidos. Este ano lutaremos pela criação de um terceiro partido nos EUA. Por muito tempo as opções políticas no país eram a Pepsi-Cola ou a Coca-Cola, os Republicanos ou os Democratas. As garrafas parecem diferentes, mas o conteúdo e o sabor são parecidos. A discussão sobre a plataforma do partido começará na Internet e se conseguirmos alguns milhões de pessoas para apoiar o novo partido faremos uma convenção. Não há qualquer chance de vencermos as próximas eleições, mas acho que podemos fazer o papel do desmancha-prazer e, em quatro ou cinco anos, teríamos possibilidades reais de nos tornarmos uma nova e poderosa voz política nos EUA.
Seria um partido de esquerda?
Não será necessariamente de esquerda porque a linha tênue que separa a esquerda da direita está em desordem há algum tempo. O fato é que tanto simpatizantes do Occupy Wall Street como do Tea Party estão desiludidos com o rumo dos EUA. De certa maneira, emocionalmente não há grande diferença entre o Tea Party e o pessoal do Occupy Wall Street. É claro que o pessoal do Tea Party, a direita política, odeia o governo e quer derrubá-lo. E nós não nos preocupamos com o governo, desde que seja eficiente, mas odiamos as corporações. Por isso acredito na possibilidade deste terceiro partido ser um estranho híbrido, unindo pessoas da esquerda e da direita.
Como vocês pretendem financiar o novo partido?
Há um grupo de pessoas tentando lançar um partido na Internet que conseguiu levantar alguns milhões de dólares com pessoas que acham excelente a ideia de um terceiro partido. Foi o que aconteceu com Obama. Ele surpreendeu todo mundo quando foi eleito ao conseguir doações de baixo valor de um grande número de pessoas. É possível para os jovens americanos enviar 25 dólares aqui, 50 dólares ali e com isso levantarmos milhões de dólares para realizar uma convenção. Também podemos conseguir milhões de dólares de alguns gatos ricos e gordos.
Atacar as instituições financeiras não é demogagia? Os bancos não são importantes?
A economia global e o atual paradigma econômico, neoliberal e neoclássico, estão totalmente no abismo. Temos uma economia global em que algo entre 1 trilhão e 3 trilhões de dólares são negociados diariamente em derivativos, swaps e todo tipo de instrumentos financeiros. Esse valor é 50 vezes maior do que as transações comerciais que significam alguma coisa para a economia real, para as pessoas de verdade, para os empregos de verdade. As pessoas que trabalham no mercado financeiro criaram um espécie de cassino global. São pessoas que colocam dinheiro aqui e dez minutos depois o transferem para outro lugar. 90% da economia mundial refere-se a fazer dinheiro em cima de dinheiro ad nauseum, sem nada real. Por isso há um sentimento muito forte no Occupy Wall Street de que esse cassino global precisa ser desmontado.
O problema então é o modelo, e não que o senhor seja contra os bancos
Não somos contra os bancos. Bancos são bancos, sempre estiveram e sempre estarão na praça. É claro que precisamos dos bancos, mas não precisamos que os bancos se tornem parte do cassino global. Precisamos de bancos que peguem dinheiro de quem tem dinheiro e o empreste para as pessoas comprarem uma casa ou começarem um negócio. Não precisamos que os bancos comecem a operar derivativos, swaps e nem que façam parte desse cassino global. Os bancos têm um papel que no momento está totalmente distorcido. Por isso os Estados Unidos estão em declínio. Por muitos anos pensou-se que poderíamos mandar nossas fábricas para a China, Indonésia e várias partes do mundo e, com a mão no mouse, apostar dinheiro no mercado financeiro à vontade. Só que agora começam a descobrir que isso não é uma fundação muito sólida para uma economia vibrante.
Mas e as pessoas que se beneficiaram do crédito fácil e irresponsável oferecido pelos bancos? Elas não têm sua parcela de culpa, ao tomar empréstimos que não tinham condições de pagar?
A única forma de a economia crescer num período em que os EUA mandavam suas fábricas para a China, Índia e Indonésia era apostar no mercado financeiro. Por isso os bancos estavam desesperados para emprestar para qualquer pessoa, inclusive desempregados. Gente sem condições de tomar empréstimos altos estavam recebendo empréstimos altos. Foi uma espécie de disfunção dentro do sistema americano, um problema cultural. De repente a cultura americana está ficando rota e eu responsabilizo algumas pessoas que tomaram aqueles empréstimos tanto quanto responsabilizo os bancos e o sistema financeiro. Eles são imorais.
O que leva alguém que nasceu na Estônia, viveu na Austrália, Japão e se radicou no Canadá a fazer política nos Estados Unidos?
Viajei muito quando tinha 20 e poucos anos. Fui à Índia, Afeganistão, Panamá e, para mim, o mundo é o mundo. Tudo está conectado e pude ver como as pessoas em alguns dos países mais pobres do mundo estavam sofrendo e levando uma vida terrível por causa da forma como o primeiro mundo tratava o terceiro mundo. Todos vivemos no mesmo mundo, e o que acontece com o Goldman Sachs ou o que algumas pessoas fazem em Wall Street pode me fazer sofrer aqui no Canadá, podem te fazer sofrer no Brasil, na Índia. Vivemos num mundo globalizado e temos que nos acostumar a isso. Não há nada estranho nem engraçado sobre uma pessoa que nasceu na Estônia e vive no Canadá lutar por um sistema diferente nos Estados Unidos.
Qual é o principal desafio para o movimento hoje?
Agora temos que saltar sobre o cadáver da velha esquerda política. A nova esquerda, formada por jovens liderados pela cultura da Internet, fez algo mágico acontecer e saltou sobre o cadáver da velha esquerda. O grande desafio agora é dos jovens de esquerda de todo o mundo, que precisam criar uma rede de contatos, fazer ‘brainstorms’ e descobrir se terão a coragem, a energia, as ideias e os programas para promover uma profunda transformação no capitalismo global. A esquerda terá a coragem, o poder e a resiliência para finalmente quebrar com esses terríveis 30 anos em que nos tornamos um bando de pessoas que choram, reclamam, apontam culpados, pessoas totalmente inefetivas que não fizeram coisa alguma? Esse é o grande desafio.
O senhor tem medo de ser preso?
Não.
Não acha que isso pode acontecer? Ser processado?
Bom, não sei. Moro no Canadá e tenho que ir aos Estados Unidos. Da próxima vez que eu cruzar a fronteira…diabos…talvez eu seja preso. Da última vez eu disse: ‘OK, na próxima semana tenho que ir a Seattle”. E pensei comigo: ‘Bom, eu provoquei muitos problemas nos EUA e talvez eles tenham me colocado numa lista de terroristas ou de pessoas procuradas pela polícia’. É muito desapontamento, há um regime brutal agora nos EUA, que usam mísseis por controle remoto para matar os próprios cidadãos acusados de terrorismo. Há uma ala da direita muito poderosa nos EUA. É muito assustador, portanto talvez eu pense duas vezes na próxima vez que tenha que ir. Talvez eu toque um tipo especial de jazz (risos).
Thieves like us!
Sopa, Pipa, Acta X Anonymous
Get up, stand up, stand up for your right…refuse!!! resist!!!! occupy!!!!!
READ THIS BEFORE YOU GO TO D.C. and watch the videos below, too…it’s always good to know what’s going on, even if it’s bad news 😉
http://www.youtube.com/watch?v=WimHoBQBMM8
#J17 Event Details
Schedule
(Meetings with Representatives concurrent)
Legal Observing, Medical, Direct Action
Want to give a Speech, Teach-in or an Idea Sharing Session?
To give a speech, teach-in or idea sharing session, please sign up for a time slot on the wiki and leave your contact info
http://wiki.occupyyourcongress.info/index.php?title=Sign_Up_Page_for_Speakers_and_Teach-ins
Want to give a musical performance or poetry reading at the Open Mic Stage?
To give a musical performance, poetry reading or other artistic expression, please sign up for a time slot on the wiki and leave your contact infohttp://wiki.occupyyourcongress.info/index.php?title=Sign_Up_Page_for_Entertainment_Open_Mic
As of the conference call on 1/12/12, consensus was made to move all non artistic performances (speeches, speakers, prose, politicians, etc) to an non amplified forum.
All speeches and teach-in discussions are a reflection of the speaker alone and to be considered autonomous
Location
United States Capitol Building, Washington, DC 20016
…and visit this website for further information 🙂
For livestream coverage of#OccupyCongress tomorrow, check out http:/www.j17live.org/ which has feeds of all the #J17 channels
Chaos A.D.
Tanks On The Streets
Confronting Police
Bleeding The Plebs
Raging Crowd
Burning Cars
Bloodshed Starts
Who’ll Be Alive?!
Chaos A.D.
Army In Siege
Total Alarm
I’m Sick Of This
Inside The State
War Is Created
No Man’s Land
What Is This Shit?!
Refuse! Resist!
Refuse!
Chaos A.D.
Disorder Unleashed
Starting To Burn
Starting To Lynch
Silence Means Death
Stand On Your Feet
Inner Fear
Your Worst Enemy
Refuse! Resist!
Get Up,
Stand Up,
stand up for your right
Get Up, Stand Up, don’t give up the fight
Preacher man don’t tell me heaven is under the earth
I know you don’t know what life is really worth
Is not all that glitters in gold and
Half the story has never been told
So now you see the light, aay
Stand up for your right.
Come on
Get Up,
Stand Up,
stand up for your right
Get Up, Stand Up,
don’t give up the fight
Most people think great God will come from the sky
Take away ev’rything, and make ev’rybody feel high
But if you know what life is worth
You would look for yours on earth
And now you see the light
You stand up for your right, yeah!
Get Up, Stand Up, stand up for your right
Get Up, Stand Up, don’t give up the fight
Get Up, Stand Up. Life is your right
So we can’t give up the fight
Stand up for your right,
Lord,
Lord Get Up,
Stand Up.
Keep on struggling on
Don’t give up the fight
We’re sick and tired of your ism and skism game
Die and go to heaven in Jesus’ name, Lord
We know when we understand
Almighty God is a living man
You can fool some people sometimes
But you can’t fool all the people all the time
So now we see the light
We gonna stand up for our right
So you’d better get up, stand up, stand up for your right
Get Up, Stand Up, don’t give up the fight
Get Up, Stand Up, stand up for your right
Get Up, Stand Up, don’t give up the fight.
Chorando pelo óleo derramado – Estadão
O que são US$ 8 bilhões para uma empresa que, apenas no ano passado, faturou US$ 200 bilhões? A multa que a ANP aplicou na Chevron pelo vazamento no Campo de Frade, ainda que alcance os estimados R$ 260 milhões, também é irrisória.
Nessa semana, a expert em problemas energéticos Tara Lohan, editora da revista eletrônica Alternet.com, elegeu a Chevron a pior (no sentido de mais danosa ao meio ambiente) empresa de energia do ano, à frente da Exxon Mobil e da BP (responsável por aquele vazamento no Golfo do México, no ano passado). “As corporações tóxicas que governam a América”, intitulava-se a reportagem, que, de tão suculenta, ganhou repercussão na Salon.com. de terça-feira.
Lohan não exagera ao afirmar que a Chevron, a Exxon, a BP, as indústrias dos irmãos Charles e David Koch e a Massey Energy, os cinco mamutes da indústria de petróleo, carvão e gás, mandam e desmandam em seu país. Paradigmas da ganância corporativa, que põe o lucro acima da vida humana e do desaquecimento global, há anos que, nem sempre de forma sutil, envenenam lentamente o ar que respiramos, a água que bebemos e os alimentos que consumimos.
Gastam fortunas em campanhas publicitárias para limpar sua barra e sujar a da Agência de Proteção ao Meio Ambiente (EPA) dos EUA, em campanhas eleitorais e em tudo que possa afetar a adoção de leis favoráveis aos seus interesses e lenientes com a irresponsabilidade corporativa. “Investir em político ainda é a melhor aplicação para essas empresas”, assegura o advogado conservacionista Tyson Slocum. “São os políticos que enfrentam, no Congresso, a pressão dos ambientalistas.” De preferência os políticos republicanos, que ficaram com 75% da verba de US$ 779 mil destinada ao “mercado legislativo” em 2010.
leia mais: Chorando pelo óleo derramado – suplementos – versaoimpressa – Estadão.